CNH terá exame toxicológico: veja quais drogas são detectadas no teste

Texto prevê mudanças significativas na obtenção da CNH para categorias A e B

Cassiane Chagas
31/05/2025 18h54 - Atualizado há 5 dias
CNH terá exame toxicológico: veja quais drogas são detectadas no teste
Candidatos à CNH das categorias A e B deverão realizar exame toxicológico com análise de 90 dias / Foto ilustrativa: Marcello Casal Jr por Agência Brasil.

 

 

 

O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que introduz mudanças significativas no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. Entre as principais alterações estão a obrigatoriedade do exame toxicológico para candidatos das categorias A e B, a criação da CNH gratuita para pessoas de baixa renda e a possibilidade de transferência eletrônica de veículos.

 

 

O texto aguarda agora a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor.

 

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Exame toxicológico para novas habilitações

 

Atualmente, o exame toxicológico é exigido apenas para motoristas das categorias C, D e E, que geralmente conduzem veículos de carga ou transporte coletivo. Com a nova proposta, candidatos à primeira habilitação nas categorias A (motocicletas) e B (automóveis) também deverão apresentar resultado negativo no exame toxicológico para obter a permissão para dirigir.

 

 

O exame deverá ser realizado em clínicas credenciadas pelo órgão de trânsito, com análise retrospectiva mínima de 90 dias. A validade do exame será de 90 dias a partir da data de coleta da amostra.

 

 

Detecção de substâncias psicoativas

 

O exame toxicológico é utilizado para detectar o uso de substâncias psicoativas que possam comprometer a capacidade de direção. Entre as drogas detectadas estão anfetaminas (anfetamina, metanfetamina, MDA, MDMA, anfepramona, femproporex), mazindol, canabinoides (Carboxy THC) e opiáceos (cocaína, benzoilecgonina, cocaetileno, norcocaína, morfina, codeína e heroína).

 

 

CNH gratuita para pessoas de baixa renda

 

O projeto de lei também prevê a destinação de parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito para custear a formação de condutores de baixa renda. Serão beneficiadas as pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

 

 

O custeio abrangerá as taxas e demais despesas relativas ao processo de formação de condutores e à emissão do documento de habilitação.

 

 

Transferência eletrônica de veículos

 

Outra inovação trazida pelo projeto é a possibilidade de realizar a transferência de veículos por meio eletrônico. O contrato de compra e venda poderá ser referendado por assinaturas digitais qualificadas ou avançadas, realizadas em plataformas homologadas pelos órgãos de trânsito, como os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) ou a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

 

A assinatura eletrônica avançada dos contratos deverá ser realizada por meio de plataforma de assinatura homologada por esses órgãos, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

 

O projeto de lei, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), já foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Porém a regra só passará a valer após ser sancionada pelo presidente da República.

 

Com informações: Agência Brasil.

 


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