A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos será realizada na Rotunda do Capitólio em 20 de janeiro, devido a condições climáticas extremas, com temperaturas de até -6 °C. Tradicionalmente ocorrendo ao ar livre, a última vez que a cerimônia foi em local fechado foi em 1985. A mudança impacta cerca de 250 mil apoiadores que têm ingressos para o evento, enquanto Joe Biden e Barack Obama confirmaram presença, mas líderes estrangeiros, como Lula, terão representação diplomática. O evento enfrentará desafios referentes ao frio, refletindo a história das posses presidenciais e o planejamento para a segurança dos participantes.
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para a próxima segunda-feira (20), será realizada na Rotunda do Capitólio, em Washington, DC, devido à onda de frio extremo que atinge boa parte do país. A previsão é de temperaturas de até -6 ºC e ventos de 56 km/h, o que deixará a sensação térmica ainda mais baixa.
Tradicionalmente, o evento ocorre em uma área aberta no National Mall, entre o Capitólio e o obelisco, onde multidões de apoiadores se reúnem. A última vez que uma posse foi realizada em um local fechado foi em 1985, quando Ronald Reagan iniciou seu segundo mandato em meio a uma temperatura histórica de -14 ºC.
Trump usou sua conta na rede social Truth Social para aplicação da decisão de mudar o local da cerimônia. “É minha obrigação proteger o povo do nosso País. O frio extremo em Washington pode levar as temperaturas a recordes severos. Por isso, ordenei que a conferência fosse realizada na Rotunda do Capitólio, como ocorreu em 1985 com Ronald Reagan”, afirmou.
A mudança impactará diretamente os cerca de 250 mil apoiadores que obtiveram ingressos para acompanhar a turma. Embora não sejam necessários ingressos para acesso ao National Mall, dezenas de milhares de pessoas que pretendem participar do festival inaugural entre o Capitólio e a Casa Branca terão de enfrentar condições climáticas extremas.
A cerimônia contará com a presença do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris, derrotada por Trump nas eleições de 2024. O ex-presidente Barack Obama também confirmou presença, mas Michelle Obama não estará no evento.
Do lado internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi convidado, algo comum em cerimônias de posse nos EUA, onde governantes estrangeiros geralmente enviam representantes diplomáticos. A embaixadora brasileira em Washington, Maria Luiza Viotti, representará o Brasil.
No entanto, Trump chamou vários líderes estrangeiros, quebrando a tradição americana de evitar a presença de chefes de Estado em posse por razões de segurança. O ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo passaporte foi apreendido em 2024 devido à investigação de uma tentativa de golpe de Estado, precisaria de autorização judicial para ocorrência. Até o momento, o pedido de devolução do passaporte foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, poderá representá-lo no evento.
Possuem sob frio extremo não são inéditas na história americana. Em 2009, Barack Obama tomou posse com uma temperatura de -2 ºC, mas manteve a cerimônia ao ar livre. A segunda posse de Reagan, em 1985, é lembrada como a mais fria, com a cerimônia sendo distribuída para a Rotunda do Capitólio.
A turma de Trump, além de marcar seu retorno à presidência, entra para a história como uma das mais desafiadas pelo clima, refletindo o planejamento necessário para garantir segurança e conforto aos participantes.