O filme Maria Callas, dirigido por Pablo Larraín e escrito por Steven Knight, explora os últimos dias da famosa soprano em Paris na década de 1970, destacando suas memórias e conflitos internos. Angelina Jolie, que interpreta Callas, entrega uma performance poderosa, com preparações vocais e emocionais para retratar sua vulnerabilidade. A produção se diferencia por misturar realidade e ficção, utilizando entrevistas fictícias e flashbacks para contar a história da artista, incluindo sua relação turbulenta com Aristóteles Onassis. Apesar de opiniões divergentes sobre a narrativa, o filme foi bem recebido no Festival de Cinema de Veneza, evidenciando seu impacto na temporada de premiações.
O cinema recorre frequentemente a figuras icônicas para criar narrativas impactantes, e Maria Callas, dirigida por Pablo Larraín, é um exemplo marcante dessa importância. Conhecido por obras como Jackie e Spencer , o cineasta retorna com uma abordagem sensível e intimista, desta vez focando nos últimos dias de vida da lendária soprano Maria Callas, vividos em Paris na década de 1970.
Escrito por Steven Knight, o roteiro começa de forma simbólica, com a retirada do corpo de Callas de seu apartamento, antes de retroceder uma semana para desvendar os pensamentos, memórias e conflitos internos que marcaram seus momentos finais. Angelina Jolie assume o papel principal com intensidade e dedicação, entregando uma performance que já lhe rendeu prêmios importantes, como o Globo de Ouro, e a coloca entre as favoritas ao Oscar 2025.
Larraín se distancia das cinebiografias tradicionais ao misturar realidade e ficção em Maria Callas . A produção utiliza entrevistas fictícias e flashbacks estilizados para recriar episódios marcantes da vida da cantora. Desde sua infância na Grécia ocupada pelos nazistas até o momento em que substituiu um colega em Veneza, em 1949, consolidando sua carreira, o filme é permeado por reconstruções visuais que destacam sua trajetória artística e pessoal.
A trama também mergulhou na relação turbulenta entre Maria Callas e Aristóteles Onassis, explorando os momentos de paixão e os desentendimentos que marcaram o relacionamento. Larraín aborda a conexão da cantora com a magnata, bem como o impacto da união de Onassis com Jacqueline Kennedy, com uma sensibilidade que humaniza a personagem.
Interpretar Maria Callas tradições de Jolie meses de preparação vocal e emocional. A atriz demonstra grande habilidade ao dar vida à soprano, especialmente ao abordar os momentos de vulnerabilidade e isolamento que marcaram seus últimos anos.
A recepção à atuação de Jolie tem sido amplamente positiva, enquanto a estrutura narrativa do filme, por vezes, divide opiniões. Ainda assim, Maria Callas foi ovacionada por oito minutos em sua estreia no Festival de Cinema de Veneza, reforçando seu impacto na temporada de premiações.
Com a mistura de realidade e fantasia característica de Larraín, a cinebiografia não se limita a enaltecer a grandeza de Callas, mas também se aprofunda em suas complexidades humanas, transformando o filme em uma experiência intensa e específica.