Ex-marido processa ganhadora da Mega-Sena por R$ 66 milhões

Disputa judicial gira em torno de suposta união estável e divisão do prêmio.

Por Geisa Ferreira da Silva
17/01/2025 16h40 - Atualizado há 3 meses
Ex-marido processa ganhadora da Mega-Sena por R$ 66 milhões
Prêmio da Mega-Sena é alvo de disputa judicial entre ex-casal. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/ARQUIVO
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Uma disputa judicial envolvendo um prêmio milionário da Mega-Sena está movimentando os tribunais! Após um casamento relâmpago de nove meses, um motorista entrou na Justiça contra a ex-esposa, ganhadora do prêmio, pagando R$ 66 milhões. Ele alega união estável e divisão de bens, mas ela nega a convivência anterior ao matrimônio.

Uma disputa judicial envolvendo o prêmio da Mega-Sena tem chamado atenção por seu enredo digno de novela. Uma empreendedora, vencedora de um prêmio milionário, está sendo processada por seu ex-marido, que alega ter direito à metade do valor. O caso levanta questões sobre união estável, divisão de bens e as consequências de um casamento conturbado.

Do casamento ao divórcio

O relacionamento entre a ganhadora e o motorista começou de forma rápida e terminou de forma ainda mais abrupta. Após apenas sete meses de namoro, os dois se casaram, mas o matrimônio durou apenas nove meses. Segundo a mulher, a separação foi motivada pelo comportamento grosseiro do companheiro. “Ele não me tratou bem, não tinha modos”, afirmou em depoimento.

No relato, a mulher manteve a maior parte do prêmio, mas destinou R$ 10 milhões ao ex-marido e R$ 1 milhão para cada um dos filhos dele. Apesar disso, o motorista entrou com uma ação judicial exigindo R$ 66 milhões, valor que considera ser metade da indenização, além de indenização por danos morais e materiais.

Alegação de união estável

A questão da disputa judicial é a tentativa do ex-marido de comprovar a existência de uma união estável antes do casamento. Ele alega que os dois tinham um relacionamento com características de convivência pública e intenção de constituir família, o que, segundo a lei, configuraria comunicação parcial de bens.

No entanto, a mulher nega veementemente essa alegação. Ela afirmou que, antes do casamento, vivia sozinha em uma barraca de lanchonete, enquanto o homem residia na casa da irmã. Em depoimento, negou intimidado antes do matrimônio e atribuiu o rápido noivo às orientações de sua igreja, que desencorajava relacionamentos longos sem casamento.

A defesa do motorista, por sua vez, alega que os dois compartilhariam uma conta bancária conjunta (embora nunca movimentada) e que ele foi o responsável por escolher os números e apostar na Mega-Sena. Contudo, documentos da Caixa Econômica confirmam que a conta é individual e de titularidade da mulher.

Avanços no processo

O processo foi iniciado um ano após os relatórios, com o motorista afirmando ter medo do "poder econômico" da ex-esposa. Dois anos depois, ele solicitou o bloqueio cautelar dos bens.

Além da disputa sobre a divisão do prêmio, o caso foi gerado por suas alegações e depoimentos. Em um dos relatos, o homem citou momentos de proximidade entre os dois para sustentar a existência da união estável, enquanto a mulher refutou essas afirmações.

Impacto da decisão judicial

O resultado do processo poderá estabelecer precedentes sobre a configuração de união estável e seus impactos na divisão de bens, especialmente em casos envolvendo grandes fortunas. Enquanto isso, o caso segue sem uma definição, e a batalha jurídica entre os dois continua a repercutir.


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