A aparição de um peixe-remo encalhado em uma praia do Espírito Santo gerou especulações sobre desastres naturais, dado que esse peixe raramente é visto na superfície. Conhecido como “peixe do juízo final”, sua presença é associada a presságios de catástrofes, especialmente após eventos como o tsunami de 2011 no Japão. Cientistas, no entanto, afirmam que não há evidências concretas ligando o peixe a desastres, sugerindo que sua emergência pode ser devido a fatores ambientais ou de saúde. Especialistas alertam para a importância de não interpretar automaticamente esses avistamentos como sinais de calamidade.
A aparição de um peixe-remo encalhado em uma praia do Espírito Santo, no Sudeste do Brasil, chamou a atenção de turistas e moradores locais. O peixe, conhecido por habitar as profundezas do oceano, raramente é visto na superfície, o que alimentou especulações e preocupações entre os presentes. A cena foi registrada por um pescador que tentou ajudar o animal a retornar para o mar. (VEJA O VÍDEO AO FINAL DA REPORTAGEM)
O peixe-remo, também chamado de “peixe do juízo final” em algumas culturas, é cercado por uma aura de mistério. Sua presença nas praias costuma ser associada a presságios de desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Isso porque, segundo o Instituto Scripps, apenas 20 exemplares dessa espécie foram registrados desde 1901, tornando o evento extremamente raro. O Ocean Conservatory explica que esses peixes geralmente sobem à superfície quando estão doentes, desorientados ou próximos da morte, o que pode explicar o fenômeno.
A relação do peixe-remo com desastres naturais
A crença de que o peixe-remo é um prenúncio de catástrofes ganhou força após o terremoto e o tsunami de 2011 no Japão. Na época, diversos exemplares da espécie foram avistados antes dos eventos, o que solidificou a superstição em torno do animal. No entanto, cientistas afirmam que não há evidências concretas que comprovem essa ligação. O comportamento incomum do peixe, ao emergir para áreas mais rasas, pode ser explicado por fatores biológicos e ambientais, como mudanças na temperatura da água ou problemas de saúde.
Apesar disso, a tradição popular continua associando o peixe-remo a desastres iminentes. Em culturas japonesas, o animal é chamado de “mensageiro do palácio do deus do mar”, reforçando o simbolismo de mau presságio.
O que dizem os especialistas
Especialistas em biologia marinha alertam para a necessidade de interpretar tais eventos com cautela. A presença do peixe-remo em áreas costeiras não deve ser automaticamente vinculada a desastres naturais. Fatores como poluição, mudanças climáticas e alterações no habitat marinho podem influenciar o comportamento desses animais.
O Instituto Scripps, referência em estudos oceânicos, destaca que o aumento de avistamentos pode estar relacionado a melhores tecnologias de monitoramento e maior atenção da população a fenômenos naturais. Embora a ligação entre o peixe-remo e desastres naturais seja uma narrativa fascinante, a ciência ainda busca explicações mais concretas para o comportamento da espécie.
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