Conta de energia mais barata em fevereiro

Consumidores seguem sem taxas extras graças à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

Por Geisa Ferreira da Silva
04/02/2025 15h30 - Atualizado há 2 meses
Conta de energia mais barata em fevereiro
Reservatórios das hidrelétricas se recuperam, garantindo bandeira verde nas contas de luz em fevereiro de 2025. Foto: Freepik
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária verde permanecerá em vigor em fevereiro de 2025, evitando custos adicionais na conta de luz para os consumidores.

A decisão se deve à recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, favorecida pelas chuvas recentes. Isso proporciona alívio financeiro, especialmente para famílias de baixa renda, que se beneficiam da estabilidade das tarifas.

A diversificação da matriz energética, com ênfase em fontes como solar e eólica, é destacada como essencial para garantir segurança e evitar crises futuras.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a bandeira tarifária verde continuará vigente em fevereiro de 2025, garantindo que os brasileiros não tenham custos adicionais na conta de luz pelo terceiro mês consecutivo. A decisão foi motivada pela melhora nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, impulsionada pelas chuvas intensas registradas nos últimos meses.

Essa notícia traz alívio para milhões de consumidores que, em 2024, enfrentaram aumentos nas contas de energia devido à necessidade de ativar usinas termelétricas, uma alternativa mais cara e poluente. Com a recuperação dos reservatórios, a geração hidrelétrica volta a predominar, permitindo a continuidade da bandeira verde e evitando repasses de custos extras aos consumidores.


 

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Chuvas impulsionam geração hidrelétrica
O principal fator para a manutenção da bandeira verde foi o aumento significativo do volume de chuvas entre novembro de 2024 e janeiro de 2025. Segundo a Aneel, essas precipitações contribuíram para elevar os níveis dos reservatórios das principais hidrelétricas do país, reduzindo a necessidade de recorrer à geração termelétrica.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, destacou que o cenário atual é “favorável” para a manutenção da bandeira verde. Ele afirmou que, caso as previsões climáticas se confirmem, existe a possibilidade de que não haja cobranças adicionais ao longo de todo o ano de 2025. No entanto, alertou que o cenário depende das condições climáticas nos meses de seca e do comportamento dos reservatórios.

Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para informar os consumidores sobre as condições de geração de energia elétrica no Brasil e seus impactos na conta de luz. As bandeiras são divididas em três cores principais:

  • Bandeira Verde: indica condições favoráveis, sem custos adicionais.
  • Bandeira Amarela: sinaliza alerta, com custos operacionais mais elevados e uma taxa extra.
  • Bandeira Vermelha (Patamares 1 e 2): aponta situação crítica, com forte dependência das termelétricas, resultando em tarifas mais altas.

O objetivo do sistema é incentivar o uso consciente da energia elétrica e oferecer previsibilidade aos consumidores em relação aos custos. Durante períodos de escassez hídrica, quando a geração hidrelétrica é reduzida, as bandeiras tarifárias funcionam como um alerta para a necessidade de economizar.

Impacto da bandeira verde no orçamento das famílias
A manutenção da bandeira verde tem efeito direto no bolso dos brasileiros. Sem a cobrança de taxas extras, as famílias conseguem planejar melhor seus gastos com energia elétrica. Em 2024, por exemplo, nos meses em que a bandeira vermelha foi acionada, o custo adicional chegou a R$ 7,88 a cada 100 kWh consumidos, pesando especialmente no orçamento das famílias de baixa renda.

Além dos consumidores residenciais, setores industriais e comerciais também se beneficiam das tarifas mais estáveis. Com custos energéticos menores, as empresas podem manter preços competitivos e ajudar a conter a inflação, favorecendo o desempenho econômico do país.

Perspectivas para 2025 e a importância da diversificação energética
Embora o cenário atual seja positivo, especialistas alertam para a necessidade de diversificar a matriz energética brasileira. Hoje, o país depende fortemente da energia hidrelétrica, que representa mais de 60% da produção nacional. Apesar de ser uma fonte limpa e renovável, a geração hidrelétrica está vulnerável às variações climáticas, o que pode gerar crises em períodos de estiagem.

A ampliação de fontes alternativas, como a energia solar e eólica, tem sido fundamental para garantir maior segurança energética. A capacidade instalada dessas fontes cresce a cada ano, contribuindo para reduzir a dependência das hidrelétricas. A energia solar, por exemplo, já ocupa uma posição relevante na matriz energética do Brasil e continua em expansão.

A diversificação da matriz energética não só diminui o risco de crises, mas também contribui para a estabilidade das tarifas de energia, protegendo os consumidores contra oscilações bruscas nos preços.

Uso consciente de energia continua essencial
Mesmo com a bandeira verde em vigor, o uso consciente de energia elétrica permanece uma prioridade. Pequenas mudanças no dia a dia podem ajudar a reduzir o consumo e preservar os recursos naturais. Entre as práticas recomendadas estão:

  • Desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, evitando o consumo em modo stand-by.
  • Utilizar lâmpadas LED, que são mais eficientes e duráveis.
  • Aproveitar a luz natural durante o dia para economizar eletricidade.
  • Reduzir o uso de ar-condicionado, optando por ventilação natural quando possível.
  • Manter geladeiras e freezers regulados para evitar desperdício de energia.

Essas ações não apenas ajudam a diminuir a conta de luz, mas também contribuem para a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.

As informações são do portal Araraquara Agorahttps://araraquaraagora.com/


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