A partir desta quarta-feira (1º), os usuários do Pix ganharam uma arma digital poderosa contra fraudes: o botão de contestação. Desenvolvido como parte do Mecanismo Especial de Devolução (MED), ele transforma o processo de recuperar dinheiro perdido em algo muito mais prático — sem depender de ligações para centrais de atendimento.
Antes restrito a contatos humanos com o banco, o MED agora opera 100% via aplicativo, de maneira automática e ágil. As novas normas que autorizam essa mudança foram publicadas pelo Banco Central em agosto.
Ao detectar uma transação que pareça golpe, fraude ou coerção, o usuário pode acionar no app da sua instituição financeira. Imediatamente essa contestação é comunicada ao banco que recebeu os valores. Se houver recursos na conta do suposto golpista, poderão ser bloqueados parcial ou totalmente. As instituições terão até 7 dias para avaliar o pedido de contestação.
Se confirmado o golpe, o valor será devolvido diretamente para a conta da vítima em até 11 dias após a contestação. Essa dinâmica mais rápida facilita que ainda existam recursos na conta agindo como “ponte” para a devolução, em vez de esperar que tudo seja sacado antes de qualquer ação.
Atualmente, o MED permite a devolução apenas a partir da mesma conta que recebeu o valor da fraude. Mas isso está prestes a mudar. A partir de 23 de novembro, será possível realizar devoluções a partir de outras contas, não apenas a original — opção facultativa. E a partir de fevereiro de 2026, essa regra se tornará obrigatória.
O objetivo é rastrear os “caminhos” que o dinheiro percorre após a fraude — muitas vezes, o golpista transfere rapidamente os recursos para outras contas. Com esse mecanismo de rastreamento, será possível ampliar as chances de recuperar valores mesmo quando a conta original estiver vazia.
O botão do MED não serve para absolutamente todas as devoluções. Ele não se aplica nos seguintes casos:
Com informações: Agência Brasil.