A mobilidade urbana está passando por transformações significativas com o avanço das motos elétricas que não precisam de carteira de habilitação. Esses veículos têm se tornado alternativas viáveis para quem busca praticidade, economia e menor impacto ambiental no deslocamento diário.
Os modelos se destacam por não exigirem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), tornando-se acessíveis para um público mais amplo, incluindo jovens, idosos e pessoas que ainda não possuem permissão para dirigir. A popularidade crescente está diretamente ligada às vantagens práticas, como menor custo de manutenção, ausência de gastos com combustíveis e facilidade de condução em meio ao trânsito urbano.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para que um veículo de duas rodas seja utilizado sem a necessidade de CNH, ele precisa atender a critérios específicos:
✔ Motor potência de até 350 watts;
✔ Velocidade máxima não ultrapasse 25 km/h;
✔ O veículo não deve contar com acelerador manual, ou seja, o funcionamento ocorre através da assistência do pedal, como em bicicletas elétricas.
As regras atuais classificam esses veículos mais como bicicletas elétricas do que como motocicletas tradicionais. Por isso, muitos modelos que se enquadram na legislação são construídos com pedais, apesar de seu visual semelhante ao de scooters ou motos convencionais.
A Resolução nº 996 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), atualizada em 2023, reforça os critérios que devem ser seguidos para que esses veículos possam circular legalmente sem a exigência de habilitação ou emplacamento.
Vale destacar que o descumprimento das exigências pode acarretar multas e apreensão do veículo.
Economia:
✔ Com o preço da energia sendo consideravelmente mais baixo do que o dos combustíveis fósseis, a recarga da bateria torna-se muito mais acessível.
Facilidade de uso:
✔ São veículos leves, silenciosos, com manutenção simplificada e de fácil condução, ideais para trechos curtos e trajetos urbanos.
Sustentabilidade:
✔ Zero emissão de poluentes e menor consumo de recursos naturais, sendo aliados importantes no combate às mudanças climáticas.
Acessibilidade:
✔ Sem a exigência de CNH ou documentação, amplia-se o acesso à mobilidade individual, especialmente em áreas urbanas.
O mercado brasileiro já oferece diversas opções para quem deseja um meio de transporte ágil e econômico. Confira alguns modelos que se destacam:
Caloi Mobylette:
✔ Com design retrô e motor de 350W, atinge até 25 km/h e tem autonomia de 30 km. Ideal para deslocamentos rápidos e curtos.
Bee S1:
✔ Com aparência de scooter, oferece autonomia de 60 km e motor de 350W. Como possui pedais, é classificada como bicicleta elétrica.
Watts W125:
✔ Modelo compacto com autonomia de 40 km, design moderno e ideal para quem busca uma opção urbana e prática.
Loop K1:
✔ Leve e dobrável, é uma excelente escolha para quem precisa transportar o veículo em carros ou guardá-lo em espaços pequenos.
Tailg Dyfly:
✔ Visual inspirado nas clássicas Honda Dream, une estilo com legalidade, atendendo às exigências da legislação atual.
Apesar de todas as vantagens, é fundamental estar atento a alguns detalhes antes de investir em uma moto elétrica que não exige CNH:
Verificação legal:
Certifique-se de que o modelo escolhido está dentro dos limites estabelecidos por lei. Muitos modelos vendidos como "bicicleta elétrica" podem, na verdade, exigir habilitação.
Tipo de trajeto:
Se o seu uso será restrito a trechos curtos e urbanos, esses modelos são ideais. Para percursos mais longos ou em rodovias, outras opções devem ser consideradas.
Limitações de uso:
Esses veículos não são permitidos em rodovias e devem circular apenas em vias urbanas, preferencialmente em ciclovias ou faixas destinadas a veículos leves.
Com a crescente preocupação com o meio ambiente e os altos custos do transporte tradicional, as motos elétricas que dispensam habilitação surgem como solução eficiente e moderna. Elas aliam mobilidade sustentável, praticidade e economia, contribuindo para o trânsito mais leve e menos poluente nas cidades brasileiras.
Para quem busca um estilo de vida mais simples, acessível e conectado com o futuro, essas motos representam uma alternativa ao modelo tradicional de transporte motorizado. Seja para ir ao trabalho, à escola ou até mesmo para pequenas entregas, os modelos sem CNH estão conquistando cada vez mais adeptos nas ruas.