Você já ouviu falar de São Drogo? Pouca gente conhece, mas ele é um dos santos mais curiosos da tradição católica. Ele é padroeiro do café e dos “feios”, sua história é marcada por fé, simplicidade e força diante das adversidades.
O Santo nasceu em 1105, em Épinoy, no norte da atual França e sua é, ao mesmo tempo, comovente e extraordinária. Sua mãe morreu no parto e, órfão ainda na adolescência, ele cresceu carregando essa perda como uma culpa pessoal.
Aos 18 anos, renunciou a todos os seus bens e se dedicou à vida de peregrino e penitente.
Em Sebourg, perto de Valenciennes, o Santo passou cerca de seis anos como pastor, trabalhando para uma mulher chamada Elizabeth de l’Haire. Foi durante uma de suas peregrinações que ele contraiu uma grave doença, que deformou severamente seu corpo a ponto de assustar quem o visse.
Comovidos, os habitantes da região construíram uma cela isolada, anexa à igreja local, onde São Drogo viveu recluso por mais de 40 anos, sem contato direto com outras pessoas.
Apenas por uma pequena janela recebia água, cevada e a eucaristia. Mesmo assim, sua devoção nunca esmoreceu.
Segundo relatos da época, São Drogo possuía dons místicos, como o da bilocação, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Após sua morte, começaram a surgir milagres atribuídos à sua intercessão, atraindo inúmeros peregrinos ao seu túmulo em Sebourg. As multidões cresceram tanto que se tornou difícil se aproximarde suas relíquias. Curiosamente, São Drogo também se tornou o padroeiro dos baristas e dos produtores de café, embora a ligação direta com a bebida seja pouco documentada.
A associação vem de sua conexão com o trabalho agrícola e a vida simples no campo.
Celebrar o dia de São Drogo é mais do que lembrar um santo, é reviver valores de humanidade e refletir sobre a importância da compaixão, da empatia e do cuidado com aqueles que se sentem sozinhos ou excluídos.
