A Ponte Huajiang Grand Canyon, na província de Guizhou, China, alcançou um marco com a instalação do último segmento de sua treliça de aço, completando sua estrutura principal e prevista para inauguração em 2025.
Com 625 metros de altura, será a ponte mais alta do mundo, melhorando a conectividade local ao reduzir o tempo de travessia do cânion e impulsionando o turismo e a economia regional.
A construção utiliza tecnologia avançada para enfrentar desafios do terreno e clima, sendo 80% concluída, com foco na instalação de painéis entre as treliças, seguindo o cronograma para entrega.
A Ponte Huajiang Grand Canyon, localizada na província de Guizhou, China, alcançou um marco significativo na sexta-feira (17), com a instalação do último segmento de sua treliça de aço, que pesa impressionantes 215 toneladas. Isto conclui a estrutura principal da ponte e pavimenta o caminho para sua inauguração, prevista para o segundo semestre de 2025.
A construção, iniciada em 2022, desafia os limites da engenharia moderna. Com 625 metros de altura sobre o Rio Beipan e uma extensão de 1.420 metros, a ponte rivaliza em altura com a Torre de Xangai, o prédio mais alto da China. Uma vez finalizada, ela ultrapassará a Ponte Beipanjiang, também em Guizhou, como a mais alta do mundo, estabelecendo ainda o recorde do maior vão para uma ponte de montanha.
Além de sua relevância arquitetônica, a ponte é um elemento central da via expressa Liuzhi-Anlong. Ao reduzir o tempo de travessia do cânion de uma hora para apenas dois minutos, ela promete melhorar significativamente a mobilidade local. Este avanço deve contribuir para o turismo, atraindo visitantes para destinos próximos, como a renomada Cachoeira Huangguoshu.
Chen Jianlei, vice-diretor do Departamento de Transporte de Guizhou, destacou que a ponte fortalecerá os laços econômicos entre as cidades de Guiyang, Anshun e Qianxinan, promovendo a integração econômica regional.
A estrutura da ponte é sustentada por 93 segmentos de treliça de aço, somando aproximadamente 22.000 toneladas, peso equivalente a três Torres Eiffel. No entanto, a construção causou desafios importantes devido ao terreno montanhoso e às condições climáticas adversas, como ventos fortes e variações de temperatura.
Para superar esses obstáculos, uma equipe utilizou um sistema de subida inteligente com tecnologia de navegação Beidou, que permitiu o içamento preciso dos segmentos com eficiência e redução de mão de obra. Segundo Li Zhao, engenheiro-chefe do projeto, a automação reduz a necessidade de operadores de operação de oito para quatro trabalhadores, otimizando o processo.
Tecnologias digitais, como simulações virtuais e digitalização 3D, também foram empregadas para garantir precisão no alinhamento de componentes e na montagem no local. "Conseguimos 100% de precisão no encaixe dos parafusos, seguindo uma sequência rigorosa durante a instalação", explicou Liang Junyuan, gerente de projeto.
Com 80% da construção principal concluída, os esforços agora se concentram na instalação de segmentos de painéis entre as treliças. Esse trabalho será retomado após o Ano Novo Chinês, mantendo o cronograma de entrega para 2025.