Rendimento médio do trabalhador brasileiro bate recorde em 2024 e atinge R$ 3 mil, diz IBGE

País tem maior média de rendimentos desde 2012

Cassiane Chagas
08/05/2025 11h17 - Atualizado há 1 dia
Rendimento médio do trabalhador brasileiro bate recorde em 2024 e atinge R$ 3 mil, diz IBGE
IBGE aponta crescimento ligado à recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia e melhora no rendimento médio individual / Foto ilustrativa: CNI/José Lacerda.

 

 

 

Brasileiros estão ganhando mais. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (8), o rendimento médio real da população chegou a R$ 3.057, o maior valor da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O valor representa um aumento de 2,9% em relação a 2023 (R$ 2.971) e de 3,3% sobre 2019 (R$ 2.948), antes da pandemia.

 

 

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O recorde anterior era de R$ 2.974. A pesquisa considera rendimentos vindos do trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais, aluguel, aplicações financeiras e bolsas de estudo.

 

Além do aumento nos valores, mais brasileiros passaram a ter algum tipo de rendimento: em 2024, 66,1% da população (143,4 milhões de pessoas) possuem alguma fonte de renda, contra 64,9% no ano anterior.

 

 

Segundo Gustavo Fontes, analista do IBGE, o trabalho foi o principal motor do crescimento. “Apesar de programas sociais também contribuírem, o rendimento do trabalho foi fundamental para esse avanço.”

 

 

Detalhamento

 

Rendimento do trabalho:

✔ R$ 3.225 em média (recorde da série);

✔ 47% da população com 14 anos ou mais têm renda por trabalho, maior porcentagem da série;

 

 

Rendimento per capita domiciliar:

✔ R$ 2.020 – maior da série e 4,7% acima de 2023;

 

 

Massa total de rendimentos mensais:

✔ R$ 438,3 bilhões, crescimento de 5,4% em relação a 2023 (R$ 415,7 bi) e 15% sobre 2019 (R$ 381,1 bi);

✔ Renda do trabalho responde por 74,9% da massa total.

 

 

Outras fontes de renda

 

Aposentadoria/pensão:

✔ Média de R$ 2.520 (13,5% da população);

 

 

Programas sociais:

✔ Média de R$ 771 (9,2%);

 

 

Pensão alimentícia, doações e mesadas:

✔ R$ 836 (2,2%);

 

 

Aluguel/arrendamento:

R$ 2.159 (1,8%);

 

 

Outros rendimentos (bolsas, aplicações, patentes, etc):

✔ R$ 2.135 (1,6%) – aumento de 12% em 2024.

 

 

Por região

 

Sudeste:

✔ R$ 217,4 bilhões (49,6% da massa nacional);

 

 

Sul e Nordeste:

✔ Cerca de R$ 77 bilhões cada (35% somados);

 

 

Centro-Oeste:

✔ R$ 40 bi (9,1%);

 

 

Norte:

✔ R$ 26,7 bi (6,1%);

 

 

Maiores crescimentos: Sul (11,9%) e Nordeste (11,1%).

 

Fontes do IBGE apontam que o crescimento está ligado à recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia e à melhora no rendimento médio individual. “Foi a combinação entre mais gente trabalhando e ganhando melhor que impulsionou esse recorde”, destacou Fontes.

 

 

Com informações: Agência Brasil.


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