Com a popularização dos pagamentos por aproximação, também chamados de contactless, cresce o número de consumidores e lojistas que adotam a tecnologia pela praticidade e rapidez, mas apesar da conveniência, o método exige cuidados redobrados com a segurança, especialmente diante do aumento de fraudes e tentativas de clonagem.
O pagamento por aproximação utiliza ondas de rádio de curto alcance (NFC), que transmitem os dados entre o terminal de pagamento e o cartão ou celular. Em cada compra, é gerado um token dinâmico, um código único e temporário que substitui os dados reais do cartão, impedindo a reutilização da informação em futuras transações. Mesmo com esse sistema, os cartões físicos ainda são mais vulneráveis que os celulares, principalmente porque muitos não exigem senha em valores baixos.
A boa notícia é que os emissores de cartões monitoram constantemente fraudes e permitem que o usuário defina limites ou bloqueios.
Entre os principais riscos associados ao uso do contactless estão:
✔ Uso indevido após perda ou furto do cartão;
✔ Clonagem em maquininhas adulteradas;
✔ Golpes de engenharia social (como falsas mensagens ou ligações do “banco”);
✔ Aproximações indevidas em locais públicos sem a autorização do dono.
Ative limites de valor para compras sem senha:
✔ Desabilite a função por aproximação se não for utilizá-la com frequência;
✔ Monitore frequentemente seu extrato bancário;
✔ Prefira usar o celular, que possui múltiplas camadas de autenticação;
✔ Em caso de suspeita, contate o banco imediatamente e registre boletim de ocorrência.
Em caso de fraude, o consumidor pode ser ressarcido. A Súmula 479 do STJ determina que instituições financeiras são responsáveis por falhas na prestação de serviços, inclusive fraudes, desde que não haja culpa do usuário. Por isso, guardar provas, como prints e extratos, pode ajudar.
A recomendação dos especialistas é: cuide da sua segurança antes do prejuízo acontecer. A tecnologia é segura, mas a atenção do usuário ainda é a melhor defesa contra fraudes.
