Governo deve anunciar datas para devolver valores descontados indevidamente do INSS

Aposentados terão valores restituídos integralmente, sem precisar buscar a justiça, incluindo correção monetária, diz advogado-geral da União

Cassiane Chagas
15/06/2025 15h38 - Atualizado há 17 horas
Governo deve anunciar datas para devolver valores descontados indevidamente do INSS
Aposentados terão valores devolvidos pelo INSS automaticamente após decisão do STF, sem precisar acionar a Justiça / Foto ilustrativa: Antonio Cruz por Agência Brasil.

 

 

 

Os aposentados e pensionistas prejudicados por descontos não autorizados em seus benefícios do INSS não precisarão recorrer à Justiça para reaver os valores. A informação foi confirmada pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, que reforçou o compromisso do governo federal com a restituição integral dos recursos, incluindo correção monetária.

 

A devolução, no entanto, depende da autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). O Executivo aguarda que a Corte valide o plano de pagamento apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e libere um crédito extraordinário, permitindo o início da restituição sem afetar os limites de gastos estabelecidos para os anos de 2025 e 2026.

 

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Cronograma será anunciado após aval do STF

 

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, na última semana, Messias explicou que o governo já elaborou a proposta de pagamento e que o próximo passo é a liberação formal pelo Supremo.

 

 

Uma vez validado o plano e autorizado o crédito extraordinário, poderemos divulgar um calendário oficial de pagamentos aos aposentados e pensionistas que já fizeram contestação junto ao INSS e tiveram os valores reconhecidos”, afirmou.

 

Segundo ele, os valores a serem devolvidos estão corrigidos monetariamente e serão pagos integralmente às vítimas dos descontos indevidos.

 

 

Aposentados não precisam ir à Justiça

 

O governo federal também quer evitar a judicialização em massa e garante que não é necessário acionar o Judiciário para ter acesso ao ressarcimento.

 

 

Nós estamos dizendo: ‘fiquem tranquilos, o governo vai fazer o pagamento, você não precisa ir ao Judiciário’. Você só vai à Justiça quando há uma pretensão resistida. Não é o caso”, declarou Messias.

 

Para assegurar os direitos de quem ainda não entrou com ação, a AGU pediu ao STF que suspenda o prazo de prescrição, ou seja, que interrompa o tempo legal que poderia invalidar o direito à devolução. A solicitação também inclui a suspensão das ações judiciais em curso relacionadas ao caso.

 

 

Bloqueio de R$ 3 bilhões de entidades

 

Paralelamente à preparação para o pagamento, o governo tem adotado medidas para responsabilizar os autores dos descontos indevidos. A Justiça, a pedido da AGU, determinou o bloqueio de quase R$ 3 bilhões pertencentes a 12 entidades associativas e seus dirigentes.

 

A investigação, conduzida pela Polícia Federal, aponta que mais de R$ 6 bilhões foram descontados irregularmente de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, sem autorização expressa dos beneficiários.

 

 

A prática, segundo as autoridades, envolveu fraudes sistemáticas e abuso de convênios com entidades que não agiam de forma transparente.

 

 

Governo reforça compromisso com a reparação

 

O governo federal, por meio da AGU, reafirma o compromisso de garantir justiça e proteção aos aposentados, muitos dos quais foram vítimas de cobranças indevidas sem sequer compreender a origem dos valores retidos de seus benefícios.

 

Com a medida, espera-se não apenas reparar financeiramente os prejudicados, mas também restabelecer a confiança nas instituições públicas e coibir a ação de grupos que se aproveitam da vulnerabilidade dos segurados.

 

Até o momento, não há uma data oficial para o início dos pagamentos, mas a expectativa é que a devolução ocorra ainda em 2025, após a decisão do STF.

 

 

A recomendação é que os beneficiários acompanhem as informações oficiais e evitem recorrer a intermediários ou propostas duvidosas.

 

 

Com informações: Agência Brasil.

 

 


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