O inverno de 2025 teve início na última sexta-feira (20) e vai até 22 de setembro, seguindo os padrões do Hemisfério Sul, segundo definição do INMET. Tradicionalmente, a estação traz os períodos menos chuvosos em grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e partes do Norte e Nordeste, enquanto o noroeste da Amazônia, o leste do Nordeste e o Sul apresentam volumes regulares de precipitação.
A estação se caracteriza por menor radiação solar e entradas de massas de ar frio vindas do sul do continente, resultando em temperaturas médias abaixo de 22 °C nas porções leste do Sul e Sudeste.
Isso favorece a formação de fenômenos como geada, nevada, nevoeiro e friagem, conforme alertado pelo Inmet.
Geadas:
✔Previstas no Sul, Sudeste e Mato Grosso do Sul; também em áreas de maior altitude.
Neve:
✔Possível nos planaltos e serras do Sul nas noites mais frias.
Friagem:
✔Ondas de frio poderão chegar ao Mato Grosso, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
Neblina e nevoeiro:
✔Comuns nas manhãs, especialmente em regiões serranas, rodovias e aeroportos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Secas, calor e risco elevado de queimadas.
Previsão indica chuvas abaixo da média no norte da região, exceto no extremo norte de Roraima, noroeste do Pará e Amapá, onde o volume pluvial deverá ser acima da média.
O calor predominante e a falta de chuva podem intensificar queimadas na região sul da Amazônia. Mesmo assim, pancadas de frio isoladas ainda são possíveis por conta da passagem de massas polares.
O interior segue em estação seca, com chuvas em níveis próximos à média histórica. A costa leste pode ter volumes reduzidos, apesar de a elevação da temperatura da superfície atlântica favorecer chuvas litorâneas. Espera-se que as temperaturas estejam acima da média, especialmente no sul do Maranhão, com variação de até +2 °C .
Com o início da estação seca ainda em maio, a região verá chuvas abaixo do esperado durante o inverno, e umidade relativa do ar tendendo a valores críticos, frequentemente abaixo de 30% — com picos inferiores a 20%. Além disso, massas de ar secas e quentes devem predominar, elevando o risco de queimadas.
Santa Catarina e o Rio Grande do Sul devem registrar chuvas próximas ou acima da média, com ocorrências pontuais de temporais e granizo. Já o Paraná tende a receber precipitações abaixo da média.
A temperatura deve se manter superior à média ao longo da estação, principalmente no Paraná. No entanto, as massas frias podem provocar quedas acentuadas, com risco de geadas em áreas elevadas.
Grande parte da região terá precipitações abaixo da média, mas frentes frias podem propiciar chuvas isoladas no litoral. As temperaturas geralmente ficarão acima da média, porém a incidência de massas de ar frio pode provocar quedas e geadas em pontos de maior altitude.
Alerta na capital paulista: frente fria e onda de frio histórico
A Defesa Civil de São Paulo emitiu aviso para segunda-feira, 23 de junho, quando uma frente fria associada a um ciclone extratropical deve provocar tempestades, granizo, ventos entre 60 e 90 km/h e queda de granizo em pontos isolados, com risco elevado para alagamentos e queda de árvores.
Na terça, 24 de junho, a chuva deve persistir até início da manhã, principalmente na capital e nas regiões de Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Franca, com o frio se intensificando no fim do dia.
Na quarta-feira, 25 de junho, o sol retorna, mas uma nova massa polar deve derrubar as temperaturas. Espera-se mínimas de 4 °C, com possibilidade de registro mais baixo — especialmente nas Zonas Norte e Sul, próximo de 0 °C.
Esses níveis de frio podem resultar no menor índice desde 2016, já que o recorde de 2025 foi de 8,8 °C em 30 de maio (Interlagos). Em julho de 2021, o mínimo foi de 4,3 °C, e em 13 de junho de 2016 bateu 3,5 °C em Mirante de Santana.
Caso os 4 °C se confirmem, seria o frio mais intenso para a capital em 9 anos, superando registros desde 13 de junho de 2016. A Climatempo destacou risco "extremamente alto" de danos pela queda de árvores e blecautes.