No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, especialistas alertam para os danos do cigarro que não se limitam ao pulmão e ao coração. Segundo o nefrologista Dr. Henrique Carrascossi, o tabagismo é também um fator direto para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica (DRC), um problema de saúde grave, silencioso e ainda pouco associado ao ato de fumar.
“Pouca gente sabe, mas o cigarro é um dos fatores de risco para a Doença Renal Crônica”, afirma o médico.
Carrascossi explica que o cigarro inflama os vasos sanguíneos e reduz o fluxo renal, o que pode comprometer o funcionamento dos rins com o tempo. Além disso, ele agrava condições pré-existentes como hipertensão e diabetes, principais causas da insuficiência renal no Brasil.
Vale lembrar que a Doença Renal Crônica costuma evoluir sem sintomas, que só surgem quando os rins já estão bastante comprometidos. Entre os sinais tardios, estão inchaços, alteração na urina e pressão alta.
“O rim é um órgão silencioso. Quando os sintomas aparecem, o quadro já pode estar avançado”, alerta o especialista.
O especialista destaca a importância da data para reforçar o combate ao tabagismo. “Parar de fumar é um passo essencial para preservar a saúde dos rins e de todo o corpo.”
Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 10 milhões de brasileiros convivem com algum grau de disfunção renal e muitos casos poderiam ser evitados com hábitos mais saudáveis, incluindo deixar de fumar.